André Bazin (1918-1958), eminente (e já finado) estudioso francês, insistia, no tempo em que podia insistir, que o chamado "long take" (plano de filmagem contínuo, durante vários minutos, sem cortes ou montagem) revela o mundo ao espectador, mas também, para além dele (e era isso que para Bazin era essencial), revela também todo o aparato cinematográfico, mesmo que não demonstre claramente que a câmara ou o cenário estão lá enquanto tal, fora dos limites da ficção que compõem.
Para Bazin, devido a essa particularidade epifânica, o "long take" deveria ter primazia sobre, por exemplo, a "montage" eisensteiniana, por dar a liberdade ao espectador de escolher, do plano, o que quisesse, em lugar de sofrer a manipulação da montagem, com características clara e fortemente políticas.
Não posso porém deixar de pensar na ingenuidade utópica da pretensão de Bazin:. Em última análise, a limitação que, por exemplo um Eisenstein imporá ao espectador no seu Outubro (1917), é a mesma que os "long takes" de Orson Welles nos dão em Citizen Kane (1941). A molldura da câmara mostra apenas o ponto de vista do realizador, que nos oferece (ao olho) o resultado das suas próprias escolhas. A isto junta-se a constrangedora limitação da Física ou da nossa realidade, como as dimensões do televisor ou o alcance periférico da vista humana.
Foi com certeza com tristeza que Bazin confrontou o seu fantasma da manipulação.
A) Ficaram os dedos, foram-se os anéis. Agora sou só eu com a minha pobreza.
Os dedos que ficaram são a marca da vergonha.
B) Foram-se os dedos, ficaram os anéis. Agora sou só eu com a minha riqueza.
Os anéis são a marca da minha peçonha.
C) Foram-se os dedos, foram-se os anéis. Agora sou só eu com a minha incerteza.
O Destino cumpre-se quando aos Reis resta nada.
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E eu que achei ter a Grandeza destinada!
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Mulher na Malásia condenada a seis bengaladas por ter bebido álcool no Ramadão
Sentença foi confirmada por autoridades islâmicas do país
As autoridades religiosas da Malásia confirmaram hoje que uma mulher de 32 anos vai ser castigada com seis bengaladas por ter bebido álcool durante o Ramadão.
Kartika Sari Dewi Sukarno foi detida e depois libertada e conduzida a sua casa esta madrugada, levantando a esperança de que a sentença, relativa a acontecimentos que se verificaram em 2007, tivesse sido revogada. Mas as autoridades religiosas da Malásia, um país maioritariamente muçulmano do Sudeste asiático, com 27 milhões de habitantes, vieram esclarecer que o castigo fora apenas adiado para depois do Ramadão.
O caso está a levantar receios de um endurecimento deste Estado, onde nenhuma mulher tinha sido condenada até hoje a um castigo desta severidade. Existe também a preocupação de que um sistema legal islâmico paralelo esteja a crescer neste país multiétnico.
A sentença foi adiada na sequência de um pedido do procurador-geral da Malásia, disse Mohamad Sahfri Abdul Aziz, um responsável religioso do estado de Pahang, acrescentando que aquela não tinha sido cancelada.
Ao regressar a casa, Kartika Sari Dewi Sukarno recusou-se inicialmente a sair da carrinha em que fora transportada sem que fosse esclarecido se a sentença fora ou n
ão anulada. A mulher de 32 anos, mãe de dois filhos, exige que a sentença seja executada em público.
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Francisco Louça também já foi informado que irá receber, no Largo do Rossio, seis chineladas de Cavaco Silva por ter fumado haxixe no Parlamento.
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Diz-me o calendário que hoje aumentei a dose de maturidade.
O síndroma de Peter Pan nao reconhece tal alteraçao...
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If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or, being lied about, don't deal in lies,
Or, being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream - and not make dreams your master;
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with triumph and disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to broken,
And stoop and build 'em up with wornout tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on";
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings - nor lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run -
Yours is the Earth and everything that's in it,
And - which is more - you'll be a Man my son!
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O Homem Perfeito é feito por um se...
Na Faixa de Gaza, o Hammas e os Guerreiros de Deus estao em guerra porque os Guerreiros de Deus acusaram o Hammas de ser demasiado liberais.
De acordo com o fundamentalismo, a maior paz possível parece estar no maior grau de fundamentalismo e quando mais fundamentalista mais pacífico. "Filho da puta", "cornudo", "semente do Diabo", sao nomes aceitáveis para estes valorosos homens de fé e de Bem. Mas liberal é coisa que ninguém admite. Nem pode! É imperdoável que os burros sejam tidos por homens.
Estou em crer que, hoje em dia, a diferença entre um artista/crítico conceituado e a merda é que têm os dois a mesma forma, a mesma côr, o mesmo cheiro, mas a merda é anónima...
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Dizem-me na hora das derrotas que o Poder é grande e, perante ele, a vitória é utopia da imaturidade.
Preocupados, aconselham-me a, como eles, vergar a espinha, a escolher outras vias de passividade, hipocrisia, subserviência amorfa e homogeneizada, para realmente me integrar no conjunto e poder pertencer à elite que eles são, não de vulgo, é certo, mas de vulgaridade.
Com palavras meigas, velando outras palavras, explicam-me que a resposta e o confronto, a cabeça erguida e as palavras de orgulho, são o fraco do forte da minha personalidade.
Provam-me por a+b que o silêncio é precioso e táctico e que incorformar-me e exigir respeito revelam falta de inteligência emocional.
Asseguram-me, como se fosse um segredo de mestre para discípulo, que ao indiferente nada é indigno, nem sabe como tal e que eu tenho apenas de aprender esse dom.
Acusam-me de ter uma sensibilidade comprometida com as sensações cutâneas e empíricas e não com um raciocínio efectivamente cerebral.
Sussuram-me, gravemente, lentamente, palavra a palavra:
- Miguel, tu não podes ganhar.
Mas é isto que eles não entendem:
Eu não vim para ganhar -
Vim marcar a minha posição.
"Un peu de tendresse, bordel de mèrde!"
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Um espetáculo que vale o tempo,
Uma ordem que vale a pena.
G.: A MFL lidera um partido. Gosto dela porque lidera um partido.
MJF: Eu também lidero um partido. O meu.
G: Eu ainda não arranjei assinaturas para ter o meu partido.
MJF: É esse o problema da maior parte das pessoas: espera a reunião de assinaturas para optar pelo seu próprio partido.
Realização = Ponto de Vista. Direcção da emoção do espectador.
Montagem = Interpretação. Direcção do sentido apreendido pelo espectador.
Toda a arte é manipuladora.
O erro é supor que a arte é democrática. A arte é um totalitarismo democraticizado, isto é, a manipulação do autor tornada pública, impondo-se à apreciação de quem a recebe.
A partir desse momento, os papéis poderão inverter-se, mas nunca completamente:
O espectador impõe a sua interpretação e, conquanto respeite la lógica ds dimensões e afirmações do suporte artístico que contempla, poderá retirar dele os sentidos que desejar. Não obstante, por mais que crie e recrie sentido do sentido original, o seu ponto de partida é sempre o que lhe é dado e dele depende o seu ponto de chegada.
O espectador é assim um comboio que parte da gare que a cidade tem disponível e, por estar na casa das máquinas, pode escolher os carris por onde segue; mas os carris já foram construídos e algures no percurso levarão, fatalmente, ao fim da linha.
Assim, quer a interpretação original do autor, como a interpretação final de quem contempla estão comprometidas pela relação obrigatória que uma tem com a outra.
A tragédia deste conflito é que ninguém quer perder o seu sentido do "texto" e, culminarmente, é uma luta de poder que rege toda a interpretação.
No fundo, é também isto que se passa nas conversas de todos os dias.
"...As pessoas [do Braga, mas não inteiramente identiificadas] falharam com a sua palavra. Venderam-me, falaram inclusivamente comigo, chamaram-me para me dizerem que estava tudo acordado por 250 mil euros... Passaram-se dois ou três dias e não me disseram mais nada. Falharam com a palavra, fiquei um pouco triste..."
(César Peixoto, entrevista a A Bola)
César Peixoto ficou triste, porque o venderam e depois voltaram atrás. Isto é, César Peixoto ficou triste, porque não o venderam. Isto é, César Peixoto ficou triste porque não pôde, como desejava, destituir-se por inteiro da sua pele de pessoa, transaccionando-se eficazmente enquanto coisa. De luxo. Isto é, César Peixoto ficou triste por terem falhado na comercialização do objecto que é. Como é sabido, isto afectaria os sentimentos de qualquer objecto.
Hasn't film demonstrably been used to manipulate people to acquiesce in totalitarian regimes? In short, is not film inherently political?
(RIchard Dyer)
Yes it's fucking political,
Everything's political
(Deborah Dyer, a.k.a. Skin, Skunk Anansie, «Political», in Stoosh, 1996)
Teorias da interpretação do acto de Editar/Cortar/Montar, em cinema, reconhecendo que essa actividade se funda em fragmentos, elevam-na, antes de mais, o que está certo, a uma Arte e, como arte, têm-na de algum modo independente da arte maior que parece incluí-la, o Cinema.
Perante a aceitação desta premissa, há três correntes de interpretação que se desmarcam, num esforço de definir e contextualizar o acto de editar.
A primeira atesta que, como arte de fragmento, Editar é análogo à comum experiência de fragmentação na modernidade, graças à aceleração da mobilidade, ao desenvolvimento mecânico da comunicação, em particular o desenvolvimento da comunicação a longa distância, e à relação e miscigenação entre as classes e grupos sociais nos espaços urbanos, factores que resultam numa quebra dos até então vistos como laços unificadores das comunidades tradicionais.
A segunda corrente, liga a Edição à dinâmica do pensamento dialéctico marxista, que relaciona pensar e sentir com uma inevitável apropriação à modernidade, perante a construção de uma sociedade pós-capitalista. Como qualquer visão textual e fielmente marxista, esta corrente é claramente política e redutora.
Porfim, a terceira, vê a arte como um esforço contínuo de ligar as imagens/momentos fotografados - elementos soltos de um conjunto violentamente fraccionado -, do mesmo modo que uma cultura de massas procura encontrar unidade nos fragmentos das sociedades modernas. (Cf. RIchard Dyer).
Estarei no entanto pouco inclinado a aceitar qualquer das três possibilidades. Esta fragmentação de que se fala, não é apanágio da modernidade, mas da vida, em que a ideia de continuidade (Presente interminável que se dissolve metafisicamente em Passado e Futuro - pensemos em Helder e no seu Poma Contínuo...) é uma ilusão criada pela nossa necessidade de situar as cosias num tempo - espaço extra-sensorial.
A vida, inconsistente em si mesma, é completa apenas em cada um dos seus fragmentos segmentados e estes, como nos filmes, imitações da vida, podem ou não, em conjunto ou como um conjunto em si próprio, alcançar um significado perceptivamente completo e, como tal, satisfatório.
Assim, fazer um filme ou, neste caso, editar, resume-se a uma tentativa mais do realizador/ eidtor (Alice) através dos seus fragmentos de vida (Filme/ Wonderland) de obter um significado:
Wonderland is a search for sense and meaning (Donald Rackin)
Stories are metaphors for life (Robert Mckee)
Editar é projectar um sentido. Gumemos.
Na Crítica do Juízo (1790), Kant contrasta sensação e contemplação, singular e universal, interessado e disinteressado, útil e inútil. A expeiência estética opõe-se assim a mera gratificação sensorial, como comer, por combinar sensação (através do sentidos) com contemplação. O objecto estético é focado como uma singualridade, não como instância de um conceito geral nem tampouco como tendo qualquer tipo de utilidade ou propósito social (Cf. Anthnoy Easthope).
Quer isto dizer que Kant antecipa o Esteticismo de Wilde, segundo o qual a Arte é perfeitamente inútil (e por isso perfeita para nossa satisfação), inevitavelmente reduzindo-se a objecto a partir do momento em que lhe achamos qualquer tipo de utilidade.
Neste prisma, no dia em que o guarda do Museu do Louvre utilizar a Mona Lisa de Da Vinci para golpear à inconsiência um ladrão, trazendo-o assim à justiça por danos morais, para além de, naturalmente, ser despedido, está a reduzir a coisa aquele precioso e até então inquestionável fragmento de Arte.
A montagem é o sentido final que determina a interpretação de uma história.
Se tenho dez imagens, posso organizá-las como me aprouver para construir um significado e poderei fazê-lo tantas vezes quanto mo permitam as possibilidades matemáticas.
"Montage" ou editar resulta portanto num exercício de poder, daí advindo que "cortar"e "montar " (acções implícitas à arte) são, inescapavelmente, a manifestação de um gesto político.
Cinema é um ritual comum. É como ir à missa, mas sem padre e sem tomar a hóstia. E é no ecrã que aparece o sermão. Ouve quem quer.
"PJ acredita que pode ter havido negligência no caso dos cegos de "Santa Maria" ".
Não! Negligência?! Que surpresa chocante! O Gume estava convencido que ir ao Hospital pôr gotas nos olhos e cegar de seguida era perfeitamente normal!
A PJ é de facto uma grande polícia...
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PREMISSA JUDICIÁRIA:
NÃO ESTÁ AO ALCANCE DE QUALQUER UM - SÓ DOS MENOS DOTADOS!
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ENTREVISTA:
- E hoje temos connosco o Inspector Cebola, uma das mentes mais brilhantes e compenetradas da crimonologia, em Portugal. Inspector Cebola, a Arte de Deduzir parece realmente ser a base do processo de investigação da PJ e também aquele que lhe traz maiores frutos. Como nasce esse processo?
- Bom, o processo nasce, da sua origem, não é? É uma coisa que tem um princípio, que se gera, não é, e depois surge, está a entender?
- Perfeitamente. Mas é preciso um grande treino, deduzo...
- Intenso. O treino é intenso. Há sessões físicas muito intensas, com muita energia dispensada. Ficamos sempre muito desidratados. Deduzir desidrata, principalmente a mente, está a entender?
- Deveras? E o Inspector deduz muito?
- Aaaaahhh, sim, muito! Eu sou o maior dedutor do meu departamento! Sim, sem dúvida, deduzo muito. E é muito extenuante, está a entender?
- Sem dúvida; e como é a sua rotina de dedução, quer partilhá-la com os nossos leitores?
- Pode ser. Portantos, a minha rotina é de todos os dias, não é? Repete-se. Repete-se um pouco. É diária. Por exemplo, amanhã repito o mesmo que repeti hoje que repeti ontem que foi repetido do dia anterior, está a entender?
- Claro, suponho eu...
- Pronto. Isso acontece porque é de todos os dias e quer dizer que todos os dias eu faço a mesma coisa que é deduzir e isto é uma dedução, está a entender?
- É uma dedução de todos os dias.... Está a entender?
- Compreendo, compreendo... E quer dar-nos mais um exemplo de dedução? Por exemplo, como é que através da dedução conseguem apanhar um bandido, descobrir uma operação criminosa ou, revelar algo tão chocante e recôndito, como neste caso do Santa Maria?
- Portantos, dou-lhe três exemplos práticos, está a entender?
- Bom, não, ainda não... aguardo os exemplos...
- Bom, claro, muito bem. Esteve muito bem, está a ver? Deduziu... Deduziu, está a entender?
- Pois...
- Portantos, o primeiro exemplo, que é mais curriqueiro:
Vou ao supermercado, com a minha mulher, porque ela me obriga. Ela quer que eu pague mas eu deixo a carteira em casa. Levo vinho, cerveja, whisky, vodka, enfim, aquelas coisas que na minha posição fazem falta à sobrevivência e instituição de um homem...
- Aaaahhh...
- Pois. E depois vou pagar, não é?
- Pois...
- Portantos, vou para pagar, mas a minha mulher não tem a carteira; e eu deixei a carteira em casa. Então deduzo que não posso pagar, apresento a minha dedução à angolana da caixa, apresento o meu crachá e explico que posso deportá-la, deduzo que me vou embora com as compras e faço-a logicamente aceitar a minha dedução e vou-me embora com o fruto do meu trabalho honesto, está a entender?
- Muito bem...
- Prontos, isso foi uma dedução prática, de todos os dias. Agora vamos para uma dedução mais policial...
- Ah! Os leitores estão ansiosos por ouvir essa senhor inspector!
- Prontos, muito bem. Portantos, segunda dedução: Há um crimonoso que comete um crime, não é?
- Exacto... Por exemplo, senhor inspector?
- Por exemplo, ilegal.
- Ahhhhhhhh!
- Prontos. E depois de "prepretrar" o crime, o criminoso foge...
- Estou a ver... E a polícia apanha-o?
- Ora aí está! Não! Não, está a entender?
- Bastante bem... E o que fazem?
- Deduzimos!
- O quê, por exemplo?
- Que talvez não consigamos apanhá-lo!
- Estou a ver...
- Porque é o mais natural, está a entender?
- Cristalinamente... E como apanha dedutoriamente os gatunos?
- Bom, nós deduzimos que mais cedo ou mais tarde eles hão-de cometer uma asneira e que vêem parar às nossas mãos, está a entender?
- Ah! E tem resultado?
- Perfeitamente...
- Óptimo! Que grande método!
- Sem dúvida!
- E o terceiro exemplo?
- É este: o do Santa Maria. Nós vimos que no Hospital havia gente que cegava que antes podia ver mas que agora não vê e não vê desde que os médicos não viram bem que estavam a pôr ácidos em vez de água e gotinhas boas nos olhos dos doentes, está a entender?
- Ah! Muito bem! E que foi que deduziram, negligência não é?
- Pois claro!
- E como foi que chegaram a essa dedução de negligência?
- Bom, portantos, como é natural, nós deduzimos que se os médicos não estavam a ver bem é natural que é negligência estarem a pôr gotas nos olhos dos que vêm fazendo com que não vejam, está a entender?
- Extraordinário raciocínio? E agora?
- Agora, que da negligência deduzimos que isto é um caso de vingança em que os médicos se vingam da sua própria cegueira, vamos reunir no nosso departamento de dedução para deduzirmos melhor o que lhes devemos fazer. É muito provável que deduzamos que vamos prender os doentes por terem provocado os médicos e os médicos por se vingarem dos doentes. Porque nenhuma das duas partes teve um comportamento cívico, está a entender?
- Pois... Devo deduzir que seja assim...
- Perfeitamente!
- E pronto, foi o Inspector Cebola da Polícia Judiciária, cuja Premissa é...
- No deduzir é que está o ganho!
- Senhoras e senhores, Inspector Cebola, um Mestre da Dedução...
Teen pregnant after ‘swimming in pool’
"A WOMAN is suing an Egyptian hotel claiming her daughter got pregnant - from using the swimming pool.
Magdalena Kwiatkowska's 13-year-old returned to Poland from their holiday expecting a baby.
Magdalena believes the teenager conceived from stray sperm after taking a dip in the hotel's mixed pool. She is now seeking compensation from the hotel.
A travel industry source said: "The mother is adamant that her daughter didn't meet any boys while she was there.
"She is determined to go ahead with the case."
Tourist authorities in Warsaw, Poland, have confirmed they received the bizarre complaint."
...........
Pois...
MAIS FUTEBOL: "Philippe Coutinho tem 17 anos, joga no Vasco da Gama e já tem contrato firmado com o Inter de Milão. É o novo prodígio brasileiro e alegadamente gosta de humilhar os adversários.
A última vítima foi um central do ABC. Mas desta vez Coutinho esteve perto de ser castigado. O árbitro da partida considerou que os dribles constantes do criativo do Vasco foram uma falta de respeito pelo adversário e ameaçou mostrar-lhe um cartão amarelo."
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O árbitro, que já se viu ser anti-Vasco (provavelmente por remeniscências ao explorador português) também é anti-futebol. Para a arte, a atitude é um absurdo; para a ciência, porém, o caso é claro:
É bonito ver agir o idiota.
Ela: Não me mandes essas frases com jogos de palavras porque eu não tive como tu aulas de fonética.
Eu: Isto não se aprende nas aulas de fonética, são só coisas parvas.
Ela: É fonética; e aprendeste!
Eu: É estupidez; e a estupidez não se aprende, é congénita do Homem.
Ela: Ah! Do homem, não da mulher!
Eu: HOMEM. Com H MAIÚSCULO. A HUMANIDADE.
Ela: Estás mal informado.
Eu: Como assim?
Ela: A mulher não faz parte dessa espécie machista.
Eu: Bem me pareceu que vinham do espaço...
"Há carácter quando as palavras e as acções derem a conhecer alguma propensão; se esta for boa, é bom o carácter. Tal bondade é possível em toda a categoria de pessoas; com efeito, há uma bondade de mulher e uma bondade de escravo [contra todas as expectativas e aquilo que o leitor gúmeo e também o aristotélico poderiam eventualmente supor!], se bem que o carácter de mulher seja inferior, e o de escravo genericamente insignificante."
In Aristóteles, Poetica, 1454a
(Papiro de Atenas, Séc. IV a.c., coluna de folha de anémona nº 20; INCM, Lisboa, p.123)
O carácter é da medida das acções;
O caracter, da medida da página.
Mas é a acção que faz maus homens e maus escritores.
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O Manifesto do Segundo Gume
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Os Gumes dos Outros
A Arte da Fuga (António Costa Amaral e Adolfo Mesquita Nunes)
Abrupto (José Pacheco Pereira)
A Causa Foi Modificada (Maradona)
Albergue dos Danados (Anónimo)
A Montanha Mágica (Luís Miguel Dias)
A Natureza do Mal (André Bonirre)
And Now For Somsen Completly Different (Miguel Somsen)
Antecâmara (João André Farinha)
A Origem das Espécies (Francisco José Viegas)
Apostos (Alexandre Soares Silva)
As Aranhas (Luís Miguel Oliveira)
A Terceira Noite (Rui Bebiano)
Avatares de um Desejo (Bruno Sena Martins)
Bibliotecário de Babel (José Mário Silva)
Blogo Existo (Joao Pinto e Castro)
Beluga Fresca (Augustus Schadenfreude)
Blue Lounge (Rodrigo Adão Fonseca)
Bomba Inteligente (Carla Hilário de Almeida Quevedo, a.k.a. Charlotte)
Complexidade E Contradicção (Anónimo)
Contra A Corrente - O McGuffin (Carlos do Carmo Carapinha)
Da Literatura (Eduardo Pitta e Joao Paulo Sousa)
Deserto de Almas - Onde Há Devastação Há Oportunidade (Pri)
E Deus Criou A Mulher (Miguel Marujo)
Há Vida em Markl (Pelo Próprio Markliano)
Hoje Há Conquilhas, Amanha Nao Sabemos (Tomás Vasques)
Homem A Dias (Alberto Gonçalves)
Janela Indiscreta (Pedro Rolo Duarte)
La Marge Brute (Clément Oubrerie)
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Melancómico (Nuno Costa Santos)
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Terapia Metatísica (Filigrana)
Voz do Deserto (Tiago de Oliveira Cavaco)
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The Heart Is a Lonely Hunter (Pedro)
Vontade Indómita (Anónimo Indómito)
We Have Kaos In The Garden (Kaos)
Welcome to Elsinore (Carla Carvalho a.k.a. Carla de Elsinore)