e pintava os lábios;
Cresceu mas sentiu saudades
e vestiu um bibe;
De bibe, ansiou dormir
e fechou os olhos;
Dormindo, teve de sonhar
e pensou num príncipe;
Princesa, precisou de mais
e casou com ele;
Casada quis a completude
e pediu um filho;
Já mãe, desejou sossego,
teve uma criada;
Com tanto achou que era pouco
e sonhou ser rica;
Já rica nunca lhe chegou,
e quis aventura;
No mato, logo se assustou
e exigiu um guarda;
Guardada, tudo receou
e largou um grito;
Gritando, por fim acordou
e buscou alguém;
Mas como não fez, sonhou,
não tinha ninguém;
Sozinha, chorou, chamou
pela sua mãe;
Carolina está bem apenas
com o que não tem.
(PS: A imagem é um quadro a pastel de Carrie Gollar)
Acabei de ler este livro: (...) Depois de o completar, fiz-me completo. Não tem editora, não tem ISBN, não tem preço, não tem código de barras, não está à venda. Dá-se quando eu me dou e retorno a mim. Escrevo-o de dentro para fora e de fora para dentro (porque nada tem apenas um sentido ou vem de uma só coisa) e guardei-o de novo nesse bolso largo que está naquele ponto do meu corpo que não podem cobrir casacos e calças.
(O que criei de mim, foi o que li).
Casanova lia um livro tal e qual como despia uma mulher; pegava no canto de uma página como se fosse uma mão que devesse beijar. Olhava para as linhas delicadas que a compunham, como se as visse pela primeira vez, que seria também a última, como se nelas pudesse ver o destino e se concentrassem todas as suas forças e esperanças; como se ali, naquele momento único, achasse todo o prazer por gozar.
Depois mergulhava no seu conteúdo com a sinceridade do amor adolescente, que dá a alma por uma descoberta; e a cada página repetia o exercício, numa nova conquista. Casanova lia e amava e lendo e amando mentia, com renovadas promessas. Mas a sua infidelidade, por tão intensamente profunda, resultava afinal como sincera.
(Casanova, contra si mesmo, era um burlão honesto...)
Em 1965 Ingmar Bergman contraiu labirintite, uma desordem do equilíbrio, subsequente de um processo inflamatório que afecta os labirintos onde se abriga o sistema vestibular, no ouvido interno. Um dos sintomas desta doença é um constante estado de vertigem, mesmo durante o sono.
Desde que vi isto (que fotografei) convenci-me de que tudo era possível. Este tipo, ganhou o Pullitzer, vejam bem! (E nem é dos piores...)
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Qualquer instituição...
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: Ou Associação...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: ... Ou Associação, é como uma empresa -
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: Vive dos seus sucessos!
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: E como tal...
O SINDICALISTA: Dos seus lucros! Nós sindicalistas temos perfeita noção dessa realidade. Por isso organizamos manifestações para angariação de fundos.
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: A medida...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: ... É subtil e visionária!
O PRIMEIRO-MINISRTO: Sem dúvida! Por isso mesmo, apesar de maus para a minha imagem, ainda não proibi os Sindicatos.
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: O problema...
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: ...Como eu sempre digo, é na borrasca...
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: Isto é...
O SINDICALISTA: Quando as coisas estão...
O PRIMEIRO-MINISRTO: Em crise!
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Económica!
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: Desportiva!
O SINDICALISTA: Social!
O BASTONÁRIO DA ORDEM DAS ORDENS: Cívica!
O PRIMEIRO-MINISTRO: Política!
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: Maus resultados...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Más receitas...
O BASTONÁRIO DA ORDEM DAS ORDENS: Maus fígados...
O PRIMEIRO-MINISRTO: Má imagem...
O SINDICALISTA: Bons sócios...
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: Talvez seja melhor...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Reduzir despesas...
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: Cortar no pessoal...
O PRIMEIRO-MINISRTO: Despedimentos em massa!
O SINDICALISTA: Ideal para os Sindicatos!
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: Adequado...
O PRIMEIRO-MINISRTO: Para a ordem pública...
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: ...Que se controla melhor...
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: E para pagar estes cruciais jantares tertúlea...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Onde debatemos os caminhos para uma melhor gestão...
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: O que aprendemos hoje é que o melhor...
O PRIMEIRO-MINISRTO: É sempre!...
O SINDICALISTA: Reduzir o pessoal!...
O PRESIDENTE DA NACIONAL COMUNICAÇÕES: Pagar menos a menos gente (por mais horas) e garantir o jaguar... Abençoada crise!
O PRESIDENTE DO CLUBE DE FUTEBOL: Despedir o treinador e garantir o Porsch... Abençoada crise!
O BASTONÁRO DA ORDEM DAS ORDENS: Despedir os estagiários e garantir o Mercedes... Abençoada crise!
O PRIMEIRO-MINISRTO: Aumentar os impostos e mandar polir o Bentley... Abençoada crise!...
O SINDICALISTA: Abraçar os despedidos e garantir o Audi... Abençoada crise!
OS GESTORES: Abençoada!
O PRIMEIRO-MINISRTO: Ah!, meus amigos... Uma última dúvida socrática... Vocês acham que se eu despedir cidadãos (para a Somália, por exemplo, ou para a Madeira, que é pior...) ainda garanto a maioria absoluta?!
O BASTONÁRIO DA ORDEM DAS ORDENS: Meu primeiro, o que importa não é a quantidade, mas a qualidade dos seus cidadãos...
O PRIMEIRO-MINISTRO: Abençoada crise!
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(Na imagem de Botero, os cinco gestores dão-nos música. A menina que canta (como um rouxinol!) é a crise. O Primeiro-Ministro, com o seu violino, é reconhecível no canto inferior esquerdo - Tocas bem, mas não me alegras...)
O casal Céfini (parisiense de gema), andava já há uns tempos com problemas de comunicação. Porque a oralidade não funcionava em qualquer dos sentidos próprios à vida conjugal, Monsieur Céfini optou, medida pouco ortodoxa, por lhe escrever uma carta (breve):
«O nosso amor está com sono. Talvez pudessemos abrir-lhe as persianas. Há tanto tempo que dorme que não me parece saudável. Talvez devamos preparar-lhe uma festa, algum tipo de evento... Sugiro que passeemos pelos Champs Elysées e que subamos depois à Torre Eiffel... Talvez se lhe dermos asas...»
E a resposta de Madame Céfini não tardou, pelo mesmo canal:
«Estou de acordo. O diagnóstico é correcto e o plano é bom. Gostei particularmente da subida à Torre. Proponho que um de nós - tu que és mais forte - se chegue mais à beirinha para lhe dar um balanço. Quem sabe, com uma lufada...»
Monsieur Céfini arrumou os papéis de carta na gaveta da secretária e foi deitar-se. Para não se esquecer, tomou nota na sua agenda de bolso:
«Conversar sim, mas através de advogado»...
D. Teodoro apregoava o amor. Quando o amor lhe deu um pontapé, lavrou um auto exigindo que o termo (agora herético) fosse retirado dos livros sacros e até da Constituição.
- Era um jovem!, - justifica-se D. Teodoro - Hoje não cometeria essa loucura!
D. Teodoro entendeu com a experiência que, o que faz um bom padre, não é o apanágio do afecto Universal, mas a angariação de boas receitas.
O que hoje faz nas suas homilias, é elogiar os vendilhões do Templo. A frase?:
- Cristo foi corajoso, mas injusto...
O Gume agora também está no Persona.
Vejam www.persona08.blogspot.com.
E também pilha livros aqui: www.pilha-livros.blogspot.com.
Como prometeu, o Gume quer conquistar a blogoesfera: poeticamente.
Não fazemos prisioneiros, mas aliados.
Não fazemos inimigos, mas cadáveres.
Caramba, que eu hoje estou bélico!
E, ja agora, espreitem aqui esta balada...
Hoje é o Dia Mundial Contra a Homofobia. Ser igual não é igual a ser o mesmo, é respeitar a diferença. Sem respeito não se forma uma pessoa.
- Eu vou andando para baixo, se quiseres fica - E atirou-se da torre.
Ele ficou perplexo a vê-la descer como uma nave a que tivesse rebentado o motor. Depois olhou em redor e viu a desolação da torre, sem nada que lhe interessasse. Pensou: «Porque não?»; pediu-lhe que esperasse; e deixou-se cair...
Herr Alleswisser fez um castelo de livros e, sem mais delongas, instalou-se nele; ponta a ponta, foi lendo a sua casa e, lendo, sentia-se feliz.
Um dia, de tanto ler paredes e pilares, o castelo ruiu; e Herr Alleswisser achou-se soterrado sob a sua cultura e viu-se nu, com fome, com sede, exposto à bruta crueza do Mundo.
Hoje, Herr Alleswisser é um sem abrigo e vive debaixo da ponte Erscheinigungsbrücker, onde passam os carros que seguem para Berlim Oriental.
Só quando confrontado com a vertente prática das ruas que apenas conhecia como ideia nesses livros que lia é que Herr Alleswisser compreendeu que a Literatura, só por si, não constitui a Cultura. Que ser culto, implica viver na mesma proporção em que se teoriza, sob pena de o sabor de uma carne ou de um peixe não ser a carne ou a peixe mas apenas uma sensação de saliva que surge à boca ao pensar-se uma iguaria abstracta que não é mais do que metáfora.
Ao descobrir isso, Herr Alleswisser obteve o impensável: perdeu tragicamente o seu castelo, para encontrar na condição de sem-abrigo aquela completude que buscava.
Dulcineia, meus Quijotes, está ao virar da esquina, não ao virar da página!
Constriu a casa com cuidado, pedra a pedra, não fosse o lobo conseguir soprá-la. O trabalho era duro, mas estava feliz com isso, por representar o esforço como constituinte de um bem: ter o que se faz em vez do que lhe é dado. No Inverno o lobo chegou e prometeu comê-lo. Soprou e a porta tremeu, mas não caiu. Tentou a chaminé, mas os vapores do caldeirão em baixo, sobre o fogo, queimaram-no. Tentou as janelas e amaldiçoou o progresso que trouxe os vidros duplos e o porco, mais sábio, que, sendo porco, não era burro nem sovina. Recriminou-se por estar mais frágil, por ter perdido, por não superar, pela força, a inteligência; e a inteligência de um porco era para si uma grande humilhação. Voltou para a floresta para meditar sobre si mesmo, debaixo dos ramos de um choupo. Estudou com afinco a lógica do mundo e entendeu as ramificações do choupo a que tão placidamente se encostava e também aquelas da economia geral. Viu nos livros de Marx e Engels e de Adam Smith e de outras entidades de eleição na área, os
males e bens do capitalismo, que se resumiam apenas a vantagens. Preparado, confiante, regressou a casa do porco. Falou sobre fraternidade e igualdade, lançou ideiais comunistas de partilha e de bem, falou do valor inerente ao termo "negociar", propôs uma rendição incondicional. O porco abriu-lhe a porta, convidou-o a entrar. O lobo abriu-lhe a boca e convidou-o ao termo. A natureza, àparte as deturpações artificiais da organização dos seres, cumpre-se, afinal, inalteravelmente...
Fátima? Sim, conheço. Não sei se era virgem, não me pareceu santa. Milagre? Lavou-me o chão. Mas paguei-lhe. Muito.
(Hoje em dia, ninguém faz nada de borla...)
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P.S: A primeira imagem é um erro. Já comuniquei o virus à Sapo. Protestos, para aqui: naoqueromesmosabernadadisso@email.com
Primeiro gritou muito, um pouco histericamente, e saltou para cima do sofá. Depois atirou-lhe um sapato. O monstro ameaçava toda a sua existência. Infiltrava-se em todos os seus poros, em todos os seus refúgios, em todas as suas realidades; e nada o afugentava. Era um mosquito; e chamava-se Medo; e era voraz.
Depois vieram outros como ele com outras graves doenças. Ramires está acamado e as paredes ruiram. A sua casa nunca mais será a mesma, e há muito que deixou de ser ilustre.
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O meu país fundamenta-se na mediocridade. Porque é ai que quem o faz se fundamenta.
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NB: Não é o escritor, mas a folha que está em branco.
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- Todos os animais deverão imediatamente juntar-se no coração da Floresta! A reunião... -
era urgente, explicava o rato, mensageiro daquelas partes: o leão ia falar sobre um assunto gravíssimo!
O espanto era geral. Que tema poderia dar azo a tanta azáfama? Estaria a Floresta à beira da catástrofe? Caíra um meteorito? Detectaram-se movimentos na placa tectónica? O rio transbordou? O rato do campo não avançou notícias e o da cidade que depois se lhe juntou era demaisado sisudo e oficial para adiantar o que quer que fosse; mas trazia debaixo do braço um grande livro de decretos.
O pinguim e a tartaruga dos Galápagos foram os últimos a chegar.
- O que é isto, - perguntou a lontra, curiosa e desconfiada - uma Assembelia Mundial? Se o não for, nao os quero cá; se o for, quero saber porquê... Isto é altamente irregular!
Mas um rugido estrondoso deu-lhe outro ponto de vista.Verificando por fim o plenário e o silêncio, constatando que havia quorum que acatesse o seu dictum, o leão princípiou a exposição dos factos:
- Meus amigos, antes de mais, muito obrigado por estarem aqui, que sei que muito vos transtorna. O motivo por que vos trago cá, é este: estamos em crise.
- Ooooooooooooooooooooooooohhhh!! - fizeram todos.
- Virgem Formiga! - gritou a Formiga Ruiva, - Queimaram-se as minhas provisões!
- Em crise! - guinchou a cegonha.
- Está a acabar-se a areia? - perguntou o camelo.
- Não há bananas? - perguntou o macaco.
- Perdeu-se o milho? - perguntaram os corvos.
- Já não há gomas?! - sondou uma texuga angustiada.
- Gomas?! - inquiriu uma estranheza colectiva.
- Ahhhh... Uhhhh... Hum... Pois... quero dizer... gomos!, gomos! Quis dizer gomos!... Que é o que eu chamo aos pinhões....
- Mas os texugos não comem pinhões! - Desconfiou mais a lontra, que desconfiava de tudo.
- Eu como! - reorquiu a texuga, querendo acabar com a conversa - e tenho o direito de comer o que eu quiser! Ora já viram esta! Humpf!
- Silêncio! - gritavam o ratos, tentanto instaurar a ordem - Silêncio! O Rei Leão vai falar!
A contragosto, a Assembleia calou-se.
- Como vos dizia, meus amigos - prosseguiu o leão com ar pesado, - estamos em crise... As circunstâncias, as componentes, a conjectura, e infrastructura, a compustura agora descomposta, as dívidas de boa vontade, os juros de perdão de quando não vos comi e podia, enfim... A verdade é que tenho andado com fome...
- Ooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhhhhhhhh!! - fizeram todos.
- Sim, - continuou o leão - tenho andado mesmo esfomeado. E porque as vossas simpáticas oferendas, sendo boas, não são suficientes, vejo-me forçado, perante os roncos miseráveis do meu estômago, a deglutir-vos, meus amigos, pouco a pouco...
- Ooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhhhhhhhh!! - fizeram todos.
- A começar, - prosseguiu - já hoje pelo meu almoço...
- Então e como planeias fazer isso?, - perguntou o urso, já a afiar as garras, esperando vender cara a pele.
- Ah, não te inquites, meu irmão, que o farei de uma forma muito democrática. Começamos por ir a votos, e depois, se for preciso, sorteamos...
- Então e como vamos votar? - perguntou o alce.
- Levantamos a pata - respondeu o leão.
- Levantamos a pata a quê? Quem diz o nome de um animal? -, quis saber o búfalo.
- E quem não tem pata?, - perguntou o robalo.
- Aí eu lavo as patas, como Pilatos. Não quero incriminar nenhum dos meus camaradas, nem aceito que depois me incriminem, sob pena de lhes mover um processo... capital...
- Mas alguém tem de apontar alguém, se não ninguém se acusa! Como é que fazemos isto?!
- Só sei que nada sei! - retorquiu o leão.
- Meu Deus, estamos perdidos! - exclamou o cavalo, com ar preocupado.
- Que foi?, que foi? - O coelho, a zebra, o cão, o pintassilgo, vários bichos, já, se lhe juntavam, procurando entender tão grave revelação.
- Este tipo julga que é o Sócrates!
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Os felinos, os répteis, os insectos e os porcos, vendo o rumo das coisas, tomaram logo o partido do leão e puseram-se a seu lado. Disseram uns quantos nomes, que mais ou menos sortearam e tiveram um banquete farto. A Floresta vai encolhendo e empobrecendo, mas há uns bichos que engordam. A crise de uns é sempre a festa de outros, isto está claro. Não há crise em mundo algum que não seja intencionalmente provocada. Repito: intencionalmente provocada.
O Verão perene é a ingenuidade dos simples. Se te deslumbras de mais com um campo de trigo, ao final do dia só comerás palha.
Porque é Maio a flor desabrocha e começa a dançar. Está feliz e faz a sua música. Sabe que em breve a abelha vem aí. Já viu uma há uns tempos, que vem mantendo fisgada... A flor está feliz porque antecipa o jogo
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Toda a Felicidade está na antecipação.
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Dizem-me da régie que hoje deveria ter falado do dia do trabalhador. Há manifestações violentas na Alemanha e em Moscovo. O TDT começou em Portugal; foi há dois dias. Há uma espécie de aranha em Israel, cujo macho introduz o sémen numa fêmea ao perfurar-lhe o abdómen; consigo agora entender que uma viúva negra elimine o macho depois da cópula - mesmo que esse macho não faça nada do género. O mundo é redondo mas é quadrado o cérebro de quem o pensa. A vida é preciosa, mas o Homem não presta. O dia tem 24 horas, mas em 12 é de noite. Amanhã estou de férias. São nove e quinze. Trabalho. O 1º de Maio não me diz mesmo nada; mas sentiria a sua falta se ele não existisse...
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O Manifesto do Segundo Gume
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Os Gumes dos Outros
A Arte da Fuga (António Costa Amaral e Adolfo Mesquita Nunes)
Abrupto (José Pacheco Pereira)
A Causa Foi Modificada (Maradona)
Albergue dos Danados (Anónimo)
A Montanha Mágica (Luís Miguel Dias)
A Natureza do Mal (André Bonirre)
And Now For Somsen Completly Different (Miguel Somsen)
Antecâmara (João André Farinha)
A Origem das Espécies (Francisco José Viegas)
Apostos (Alexandre Soares Silva)
As Aranhas (Luís Miguel Oliveira)
A Terceira Noite (Rui Bebiano)
Avatares de um Desejo (Bruno Sena Martins)
Bibliotecário de Babel (José Mário Silva)
Blogo Existo (Joao Pinto e Castro)
Beluga Fresca (Augustus Schadenfreude)
Blue Lounge (Rodrigo Adão Fonseca)
Bomba Inteligente (Carla Hilário de Almeida Quevedo, a.k.a. Charlotte)
Complexidade E Contradicção (Anónimo)
Contra A Corrente - O McGuffin (Carlos do Carmo Carapinha)
Da Literatura (Eduardo Pitta e Joao Paulo Sousa)
Deserto de Almas - Onde Há Devastação Há Oportunidade (Pri)
E Deus Criou A Mulher (Miguel Marujo)
Há Vida em Markl (Pelo Próprio Markliano)
Hoje Há Conquilhas, Amanha Nao Sabemos (Tomás Vasques)
Homem A Dias (Alberto Gonçalves)
Janela Indiscreta (Pedro Rolo Duarte)
La Marge Brute (Clément Oubrerie)
Life And Opinions Of Offely, Gentleman (Gustavo Offely)
Listening 2 Dragons (Silmarien)
Melancómico (Nuno Costa Santos)
Mel Com Cicuta (Laura Abreu Cravo)
O Avesso do Avesso (Filipe Moura)
O Blog das 3 Alminhas (Pelas 3 Ditas...)
O Blog do Desassossego (Leididi)
O Bom, O Mau e O Vilao (Vários)
Life is a Masterpiece (Miss K.)
O Melhor Blog do Universo (Juvenal)
Sete Vidas Como Os Gatos (Rui Vasco Neto)
O Senhor Comentador (Carlos Quevedo)
Pastoral Portuguesa (Rogério Casanova)
Pedro Rolo Duarte (Pelo Próprio)
Portugal dos Pequeninos (Joao Gonçalves)
O Cachimbo de Magritte (Vários)
Read Me Very Carefully, I Shall Wirte This Only Once (Plim)
Rui Zink Versus Livro (Rui Zink Versus Si Próprio)
O Regabofe (Miss Woody & Miss Allen)
Sem Pénis Nem Inveja (Teresa C.)
Traduçao Simultânea (Nuno Majorscobie)
Tenho Uma Amiga Que... (De Amiga Por Ser Anónima ou Anónima Por Ser Amiga ou Uma Coisa Assim...)
Terapia Metatísica (Filigrana)
Voz do Deserto (Tiago de Oliveira Cavaco)
Um Ovo A Cavalo (Site de Design e Publicidade de Álvaro Carrilho et Allii)
The Heart Is a Lonely Hunter (Pedro)
Vontade Indómita (Anónimo Indómito)
We Have Kaos In The Garden (Kaos)
Welcome to Elsinore (Carla Carvalho a.k.a. Carla de Elsinore)