O Gume não está morto mas pausado. E enquanto por cá dura o interregno, podem visitar coisas risíveis (e talvez por vezes também para rir) em Poncheline: www.poncheline.blogspot.com.
Um abraço por igual a leitora(s) e leitor(es),
Do repousante Gume.
Até breve.
Na CAN o Togo volta para casa depois do ataque sofrido em Cabinda. Agora, as democráticas autoridades angolanas aproveitam a onda para controlar melhor a sua população. Supostamente, tudo isto era desporto. Quem paga é o preto, literalmente falando; o comum, entenda-se.
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Ir ao Céu, antes da cova,
Tornar o sonho real!
Vida velha, já te afasto,
Só eu importo e me basto!
Que mais eu tenho afinal?
Porque é Natal, a Carris respondeu; e o Gume, que não se cala, respondeu à resposta:
OS LADRÕES:
Exmo. Senhor
Miguel João Ferreira
Recepcionamos a sua reclamação via Livro de Reclamações e e-mail que agradecemos e mereceram da nossa parte a melhor atenção.
Considerando e analisado o assunto em epígrafe, confirmamos que V. Exa. viajava sem título de transporte válido, situação passível de coima.
De acordo com a lei em vigor (Lei 28/2006, de 4 de Julho) considera-se título inválido o título de transporte nominativo cujo registo electrónico se encontre adulterado ou danificado. A falta de título de transporte válido, a exibição de título de transporte inválido ou a recusa da sua exibição está sujeito a uma coima, nos termos da mesma lei.
Recordamos que foi autuado com o Auto de Notícia nº 55327, no dia 11-12-2009, pelas 12h 34, no autocarro nº 2237, que circulava na Av. da República, na carreira nº 732, com destino a Caselas, porque ao ser abordado pela fiscalização apresentou o cartão Lisboa Viva nº 002 001060376, sem possibilidade de leitura.
No dia 15-12-2009 foi emitido o Auto de Noticia nº 53540, pelas 12h 11, no autocarro nº 2323, que circulava no Marquês de Pombal, com destino ao Restelo, na carreira nº 727, porque ao ser abordado pela fiscalização, se recusou a mostrar o seu cartão.
Face aos argumentos apresentados, consideramos que a autuação deverá manter-se, pelo que esclarecemos, que V. Exa. dispõe de cinco dias para proceder ao pagamento voluntário das coimas no valor de 113,40 € cada uma, pelo valor mínimo deduzido de 20% (112,00 € cada uma), acrescido do valor da viagem (1,40 € cada uma), o que poderá fazer:
- pessoalmente, nos nossos serviços de Fiscalização Comercial, em Santo Amaro, Rua 1º Maio 101/103, Lisboa, em qualquer dia útil entre as 09h00 e as 16h30;
- por Vale de Correio, enviado para a Sede Executiva: Alameda António Sérgio, nº 62 - 2795–221 Linda-a-Velha, e deverá ser indicado o número do Auto de Notícia e nome completo do(a) autuado(a);
- por cheque, à ordem de Companhia Carris de Ferro de Lisboa e enviado para a Sede Executiva. No verso do cheque deverá ser indicado o número do Auto de Notícia. O recibo será emitido apenas após boa cobrança;
- por transferência bancária, para a conta da Companhia Carris de Ferro de Lisboa no Banco Santander Totta com o seguinte NIB 0018 0000 00082260001 21, devendo ser indicado o número do Auto de Notícia e enviado à Sede Executiva ou endereço de e-mail TR.OF.DF@CARRIS.PT o comprovativo do pagamento efectuado indicando o número do Auto de Notícia e nome completo do(a) autuado(a).
Se efectuada por Multibanco deverá ser enviada para a Sede Executiva ou endereço de e-mail TR.OF.DF@CARRIS.PT cópia do talão de transferência efectuada, com referência ao número do Auto de Notícia e nome completo do(a) autuado(a). Deve também enviar-nos o NIB e o nome do titular da conta de origem dos valores.
Se efectuada através de “home banking” deverá ser indicado o número do Auto de Notícia e enviada a prova de transferência efectuada com sucesso, com indicação do nome completo do(a) autuado(a), para TR.OF.DF@CARRIS.PT, para a emissão do respectivo recibo, documento de prova do pagamento efectuado.
A coima só é considerada liquidada após a emissão do respectivo recibo e para a emissão deste é necessário saber o número do Auto de Notícia a que corresponde determinado pagamento.
Findo o prazo de pagamento, os processos serão remetidos ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), Av. das Forças Armadas, 40, 1649-022 Lisboa, e-mail IMTT@IMTT.PT, de acordo com a lei em vigor, conforme extracto no verso dos Auto de Notícia em seu poder.
Por último, informamos que, conforme legalmente estabelecido, sempre que é registada uma reclamação no “Livro de Reclamações”, a mesma é remetida para conhecimento ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT), bem como cópia do presente e-mail.
Com os melhores cumprimentos.
Pl’ O Provedor do Cliente
A. A.
Gab. Provedor do Cliente
From: .PROV (Provedor do Cliente) <prov@carris.pt>
Date: 2009/12/24
Subject: F. Reclamação 14076255 - 14076256 (M4699-09)
To: SegundoGumeXXL
Cc: imtt@imtt.pt
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E O GUME:
Sr. A. A. (infelizmente, vejo-me impedido de retribuir o epíteto de Excelentíssimo por não encontrar excelência na Carris),
Começo por dizer que o meu e-mail de protesto foi enviado para o Conselho de Admnistração da Carris e não para o provedor do cliente, portanto é do Conselho de Administração e não do provedor que eu exijo uma resposta. Na minha reclamação incluí também, como deveria saber quem supostamente leu com "a melhor atenção" o que escrevi, queixas legítimas sobre as respostas miseráveis que o provedor dá aos clientes, como uma vez mais se comprova já que, de um texto com seis páginas, vejo apenas a exigência do pagamento das multas, sem a mínima preocupação com as razões e denúncias por mim apresentadas, de situações várias, muito sérias, em que a Carris continua a falhar.
O pedido de indulgência que vos fiz, face à legitimidade das minhas razões, não era tanto por mim, mas por vós, já que dava, como ainda dou, apesar de tudo, a oportunidade à Carris de se corrigir. Aproveite pois a Carris a época natalícia para efectivamente ganhar vergonha e pensar nos clientes em lugar do lucro.
Assim, como disse, não aceito mais respostas de quem não tem categoria para as dar e exijo que o Conselho de Admnistração dê a cara e me responda, como deve, à carta que enviei, quer por e-mail, quer por carta registada com aviso de recepção. Como espero resposta devida aos diversos problemas da Carris que fiz notar e à matéria exacta constante da reclamação que fiz no livro de reclamações no Alto de Santo Amaro.
Podem desde já a Carris e o Ministério dos Transportes (igualmente em anexo, como fez questão de o colocar) saber que NÃO VOU pagar qualquer multa a não ser que o dinheiro me seja roubado, à força. Qualquer das multas, como tive oportunidade de explicar no texto que fez questão de não ler devidamente, apesar da sua introdução de etiqueta pré-formatada, foi-me passada porque eu, contra dinheiro e conveniências, me votei a defender um princípio. E, pela defesa desse princípio, estou disposto a ir às últimas consequências: A CARRIS NÃO ENRIQUECERÁ À MINHA CUSTA, NEM QUE EU TENHA DE PAGAR ESSAS MULTAS COM DIAS DE PRISÃO. Pode pois o Sr. provedor enfiar os seus decretos e exigências anexas no antro empresarial ou privado que bem lhe aprouver e que lhe faça um óptimo proveito.
Boas Festas,
Miguel João Ferreira.
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Em 2010 vou escrever de Caxias "A História do Homem Bom, Uma Utopia". Vai ser o meu primeiro romance com mais de 100 palavras!
No Natal só vejo uma função: acentuar a tristeza. As pessoas são merda.
P.S: Alguém pode passar às bestas em geral a mensagem de que "recepcionar" não existe? O substantivo é "recepção", o verbo é "receber" e no passado, para não se confundir com o presente, o primeiro "a" leva um acento agudo? É um país de doutores e de canudos, e cada um mais ignorante que o outro...
Dizem que é Natal. Não vi ninguém nascer que me interesse. Não vejo ninguém morrer que me sirva ou que, não servindo, o mereça. É Natal, efectivamente, nas tradições sociais da hipocrisia alheia. Eu, alheio a toda essa natalidade plástica das pessoas mecânicas, estou-me cagando.
Devido a um incêndio no edifício, o Hot Club, na Praça da Alegria, o bastião do jazz em Porugal, por onde passou, entre muitos outros, um Sr. com S maiúsculo, como Count Basie, o Hot Club ficou inundado (no combate ao fogo) e sofreu lamentáveis danos materiais. O Gume celebra o lugar e as pessoas que o põe de pé, com um post simples e votos de um regresso em breve. Para apressar os bons ventos, uma imagem de The Bird... senhoras e senhores, Charlie Parker:
- Ai, Topsius, Topsius! - rosnava eu. - Que mulheres! Que mulheres! Eu estouro, meu esclarecido amigo!
O sábio afirmava com desdém que elas não tinham mais intelectualidade do que os pavões dos Jardins de Antipas; e que nenhuma decerto ali lera Aristóteles ou Sófocles!... Eu encolhia os ombros. Oh esplendor dos céus! Por qual destas mulheres, que não lera Sófocles, não daria eu, se fosse César, uma cidade de Itália e toda a Ibéria! (...)
- Ai, filhinhas de Sião! Que sois de vos deixar aqui os miolos!
Ao voltar-me, puxado pelo douto historiador, bati no focinho de um cordeiro branco que um velho conduzia às costas (...).
In A Relíquia, Eça de Queiroz.
Este post é uma singela homenagem:
Às mulheres,
Às texugas (é uma mania que eu tenho),
E aos blogs:
É verdade. Não compreendo; mas como é bom olhar para elas!
P.S.: Por erro, em vez de uma deusa voluptuosa, postou-se o meio-perfil de uma texuga. As nossas desculpas.
Para quem não sabe, hoje é o Dia Internacional das Gomas. O Gume, naturalmente, não pôde deixar em claro esta ocasião..
Comei, criancinhas, e crescei saudáveis!
São estas coisas que me tiram do sério: um tipo tem passe, tem bi, tem o raio que o parta. Paga tudo a tempo e horas todos os meses. Dá quase 40 euros por mês por um cartão da mula russa que lhe dá (dizem) mobilidade na a dita Grande Lisboa (que é das capitais mais pequenas do Mundo). Para quê?! Se carrego o passe dia 1, suponhamos, no mês seguinte tenho de o carregar a 31 e no mês seguinte a 30 e no mês seguinte a 29 e no mês seguinte a 28 e no mês seguinte a 27... Não sei se estão a ver onde isto vai dar: Ao fim de 30 meses dei um mês a mais aos Srs. da Carris e do Metro e da merda que os fez. Se o chip do passe avaria (não lê, rachou porque dobrou porque não lê, ganhou sebo, perdeu tinta, ganhou mofo, tem bolor, tem alergia, tem gripe A, tem sífilis, tem a filha da meretriz que tiver), há que fazer novo passe. Até aqui parece consensual.
MAS:
Onde e como se faz novo passe? O gumoleitor está no Saldanha? Tem sorte. Só tem de ir a pé até ao Campo Pequeno ou pagar 79 cêntimos de Metro por uma viagem única de uma estação ou 1 euro e mais não sei quantos cêntimos (quais 2 euros) para um autocarro), para ir fazer o passe ao Campo Pequeno. Porquê? Porque da rede de, digamos, 30 estações (sim, das mais pequenas do Mundo das cidades que têm metro), só em 5 dessas 30 se faz o passe, só em 4 dessas 5 com urgência, só em 3 dessas 4 com competência, só em 2 dessas 3 com um sorriso, só numa dessas duas com humanidade, e em nenhuma sem se pagar. Para pedir nova via, mesmo que dê o passe, o cu e mais 3 tostões, larga 7 euros. Se pedir com urgência paga 10 euros.
Quando pediu na estação A para fazer o passe, respondem com modos de quem tem um sobreiro entalado no rêgo: o passe só se faz na estação B ou C ou D. Não nesta nem nas outras todas.
Quando o leitor foi à estação B, dizem (e sim, adivinhou, com modos de quem tem um sobreiro entalado no rêgo) que na B só fazem pedidos com urgência, não sem. Sem urgência é na estação C. Como chega até lá sem passe que não pode carregar porque tem o chip fo#%&= e não pode renovar? Essa é a perguta surpresa do Quizz da TV a que nem o concorrente, nem o apresentador, nem o cartãozinho mágico sabem a resposta.
O passe normal de 7 euros leva 10 dias úteis, leu bem, 10 dias e úteis, para ficar pronto, e o passe anormal ou de urgência, leva um a dois dias úteis a ser feito e custa, como vimos 10 euros. Só 3 euros de diferença, pergunta o utente? Ah, então claro que quero com urgência em vez de sem. Pois... Claro. Os cabrões, perdão, ladrões, digo, Srs. Empresários, chamam-lhe (às escondidas) marketing. Ainda mais às escondidas chamam-lhe "tática". Ainda mais às escondidas chamam-lhe "a manhazinha do século". Aqui o Gume chama-lhe ESPERTEZA SALOIA e os respectivos saloios criadores são uns grandesíssimos paspalhos.
E então, agora que fiz o pedido, pergunta o leitor: posso já pagar o meu passe para andar pela cidade, trabalhar, fazer o que seja de que preciso, e vocês dão-me um cartão de substituição, não é? Não, não pode e não, não dão. Por cada viagem que fizer, enquanto não tem passe, o utente que já deu o cu, as calças, a culatra e a espinha, ainda tem de ser curvar e tratar das necessidades dos senhores empresários e seus colaboradores directos e indirectos. Isto é, por cada viagem que faça, paga, à viagem, para pagar, o passe, no mesmo mês, 5 ou 6 vezes. Servir, no mundo empresarial de hoje, é sinónimo de roubar, cliente é sinónimo de puta e empresário é sinónimo de chulo. Comem merda e cagam, como vingança, o suor de cada trabalhador (frase bonita, cheia de floreados, ao jeito dos poetas de intervenção - Ary, que saudades, etc.).
Estamos então que: por ser de má qualidade e estar mal desenvolvido e pensado, o passezinho tem um chipezinho que facilmente fica fodidozinho (bem aventurado o vernáculo!).
Querendo arranjar um novinho, está o leitor fodidozinho, mais ainda do que o chip, porque fazer só na Grécia, no Paquistão ou na China, não em Lisboa, por 7 euros + 10 dias +uteis adicionais ou 10 euros + 2 dias uteis adicionais = toma parvo, já foste roubado outra vez.
Temos mau atendimento, incompetência e ignorância no
PACOTE COMPLETO ATENDIMENTO AO PÚBLICO 3 EM 1.
Temos, se quiser optar pelo transporte à superfície:
Motoristas do PACOTE COMPLETO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO 3 EM 1.
Troca de choffeur a meio do percurso (faz sentido - para quem tenha feito amputação encefálica),
Espera média de meia hora por veículo (se tiver sorte que a média se cumpra)
E outras pequenas excentricidades.
Não bastando, vai a maior invenção dos proxenetas que controlam a máfia do transporte público:
O PICA. O pica, entre todos os filhos da puta, é dos mais refinados que habita a face da terra. O pica é uma bruxa que engoliu um sapo e dorme em bosta de boi. Há muitos anos fiz um safari no Moçambique profundo e vi uma série de picas pendurados nas árvores à cata de bananas. Os africanos, mesmo assim, são mais bonitos e muito mais naturais. Quando o pica nasceu o sol morreu num eclipse e a mãe que o pôs no mundo apanhou um enfarte. O pica é um porco virado ao contrario: As tripas estão de fora e a humanidade estã entafulhada lá dentro a desfazer-se em trampa. Outra condição elementar para se ser pica, para além de ter nascido de um erro do Universo, é (e isto está escrito no formulário que eu li após apuradíssima investigação) O VERDADEIRO PICA TEM FEZES DE ALPACA NO CÉREBRO. Fiz trabalho de campo e comprovei-o: tem mesmo. E cheira e parece aquilo que o seu cérebro tem (ou não tem, já que é da ausência que estamos realmente a falar).
Agarrada à INVENÇÃO PICA, ha agora, na Carris, uma nova invenção: A INVENÇÃO POST IT. Em todas as portas, por dentro e por fora, de todos os autocarros e nas janelas, estão, isso mesmo, POST ITS forjados e a sério, escritos a letra de máquina ou informatizada (para não haver desculpas de "Ai, não percebo a letra") de NÃO SE ESQUEÇA DE VALIDAR O SEU TÍTULO DE TRANSPORTE. Não é que eu me esqueci??? Sim, leitor, pensou bem: a minha amnésia surgiu-me precisamente de toda esta história que tenho vindo a contar.
- O seu título de tranporte? - Pergunta o bardamerda, tromba de asno, cabelinho comprido à saloio de feira, sujo de seis meses (pelo menos) com fronha de assoar doninhas p'las traseiras.
- Está aqui, - digo-lhe eu, estendendo-lhe o passe na imbecilidade da minha boa fé - Mas tem o chip partido, portanto não vai ler...
- Mas tem o comprovativo... - guincha o paspalho, na obtusidade cavalar que a sua natureza lhe aufere e permite.
- Como lhe digo, o chip não lê, logo, não é possível carregar o passe, logo não é possível ter comprovativo, mas estou a tratar disso.
- Mas tem o comprovativo... - repete o imbecil, com olhos de burro a tentar compreender se o que tem na fuça é erva ou palha.
- Como lhe digo, o chip não lê, logo não é possível... - repeti eu, tentando alcançar (para baixo) a sua linguagem, - estou a tratar disso...
- Mas tem o compromvativo... - rumina ainda o boi, com o neuróniozinho a pastelar-lhe na boca lambuzada e bruta.
- Como lhe digo... - O certo é que não sabia já que lhe dizer. E o sangue subia-me às temporas e cresceu-me no corpo todo umas ganas de lhe partir o focinho e de o deixar pela tarde a beber sangue e merda dos seus próprios poros. - Agora, se quiser, por favor, devolver-me o meu passe...
E o filho de uma alcachofra embolorida, não mo deu!!! A menina saloia de cabelo seboso, guardou como menina da creche o chupa chupa no bolso (leia-se passe) e cuspiu com um guinchinho autoritário que me ia passar um papel. Eu informei-o de que não ia passar nem metade de um papel, quanto mais um inteiro, e encorajei-o a, literalmente, passar-me cartão. Naturalmente. como já vem adivinhando o leitor, o gnou, o paspalho, o urso não passou o dito, nem literal nem figurativamente. Eu esbocei um gesto de quem vai arrancar-lhe o cartão à força. A velha atrás de mim (daquelas que vem para o autocarro para morrer em pé, ocupar lugar sentado e lamentar-se da vida que não teve porque só geme e soluça como uma carpideira
mal parida, perguntou como se fosse a Virgem: - mas que é isto?. Homem que é homem comia a velha viva. Eu, pelos vistos, ainda sou muito novo, ignorei-a a carcaça.
E enfrentei uma vez mais o saloio. Meditei. Meditei uma eternidade inteira num intervalo de 5 segundos: VOU-LHE À TROMBA? NÃO LHE VOU À TROMBA? VOU-LHE À TROMBA, NÃO LHE VOU À TROMBA?
Acobardei-me, gumoleitor. Não fui. Acobardei-me e estou fulo comigo por não ter tido tomates, em vez de cérebro. Porque se eu fosse um cigano, ou um brother de Chelas, ou um arrumador de canivete no bolso, ou o Monstro de Löch Ness, o saloio metia o rabinho entre as pernas (que é o que fazem todos) e não se metia comigo. Como sou honesto (dentro do limite que cabe a cada um que tenta cumprir as suas obrigações) e como pago as contas como todos os que não são párias e se esganam alguma coisa para viver (em vez de sobreviver), mamo com a frustração comezinha e imbecil dos paspalhos que se agarram com unhas, dentes e neuroniozinho ao mais pequeno esboço de pseudo-poder que os proxenetas das políticas e das empresas lhes põem nas mãos.
Assim, na paragem imediatamente a seguir, saí do autocarro, sem o meu passe de chip partido, perdendo a minha aula por que paguei uma fortuna, prejudicando os meus nervos e a martirizar-me e insultar-me tem fim por não ter rachado a tromba a um grandessíssimo filho da puta. Neste modesto relato esqueci-me de acrescentar que ninguém me tira da cabeça que o cabrão embirrou comigo antes mesmo de eu entrar no autocarro. Porque estava comigo à espera na paragem e não apanhou nenhum dos 50 autocarros que chegou. E se eu ia para a paragem A ele vinha comigo, e se eu vinha para a B ele vinha comigo, e seu ia para para o poste, ele ia para a parede do que já foi a feira popular. Receei mesmo ter de ir à casa-de-banho, não fosse a besta vir também atras.
Sei que, se tivesse despido a roupa enclausurante de homem civilizado e se me tivesse atirado a ele como quem luta pela vida, e lhe tivesse espetado os dedos nos olhos, uma joelhada nos túbaros, uma cabeçada nos beiços, uma murraça nas ventas, um biqueiro na cana do nariz, que estaria possivelmente a esta hora numa esquadra a prestar declarações em vez de estar a escrever este post. Como dizia Camões:
"Fui mau e fui castigado,
Parece que só pera mim
Anda o Mundo concertado"
Como o cavalo em questão era maior do que eu, até é possível que eu tivesse tido de passar por um hospital primeiro, para soturar com pontos um ou outro canyon facial. Ainda que, medindo a humana e genuína fúria que tenho, esteja profundamente convicto que sem dificuldades ou mazelas reduziria aquela menina a papas. Espero que um dia o mesmo azar que me trouxe a vaquinha adiante dos olhos ma restitua, para que, mais Homem com H grandemente maiúsculo e menos civilizado, possa redimir-me da minha cobardia e rachar o saloio com gana e satisfação. Que o Azar me ouça!
Até lá, vou com zelo fundamentalista de beato cristão ou muçulmano odiar com o mais por dentro das minhas entranhas pútridas todo e qualquer PICA e respectivo PROXENETA que se passeia com fatinho de ladrão engravatado e o PICA pela trela como o mais reles cão. E faço um apelo às gentes deste mundo para, como eu, odiarem estas bestas com a actividade própria que ao ódio se pede:
EXECUÇÃO:
Por favor, senhores gatunos, maltrapilhos, malfeitores, assassinhos, violadores, canastrões:
ESGANAI OS PICAS E SEUS PROXENETAS!
CORTAI-LHES OS TOMATES CURTOS E FLÁCIDOS!
ARRANCAI-LHES AS TRIPAS!
DAI-LHES MERDA A COMER!
ESGANAI-OS!
ENCHEI-OS DE FERROS EM BRASA COM PICOS GROSSÍSSIMOS E COLOSSAIS!
DAI-LHES PAPA DE AVEIA E SEBO PELO RECTO E ENTUMESCEI-OS DE LAMA E ÁGUAS DO TRANCÃO!
CORTAI-OS ÀS POSTAS!
TIRAI-LHES BOCADOS!
ESPEZINAI-LHES OS OLHOS PAPUDOS E PORCOS COM PILÕES AFRICANOS E MATA-BORRÃO!
METEI-OS EM BIDÕES DE PETRÓLEO EM CRUDE E ACENDEI UM FÓSFORO! MAL PASSADOS, BEM PASSADOS, EM SANGUE OU EM ESTURRO, COMEI-OS TODOS!
ACABAI COM ESTA RAÇA DE PUTAS QUE COME À CUSTA DE QUEM, À FORÇA, LHES DÁ DE COMER!
MERDA PARA OS PICAS E SEUS DONOS!
MERDA PARA OS DONOS E SEUS PICAS!
MERDA PARA A MERDA E MAIS ISTO TUDO!
IRRA, TANTA GENTE QUE MORRE NESTE MUNDO, E O PICA AINDA RESPIRA???
QUE VONTADE HUMANA E ESSENCIAL DE LHES PARTIR A CARA!
Felizmente, tenho fome.
O jantar é porco. Pressinto nisto uma espécie de harmonia poética. É bonito o destino.
P.S.:
Em cima, vê-se o pico do pica - dói não dói?!
Aviso desde já, juízes e camaradas afins que:
Podem mandar uma resma de multas destas lá para casa que não vos pago ponta de um corno. Cobrem lá isso em dias de prisão que eu até preciso de paz para escrever o meu romance americano. Tristeza de mundo este. E ainda há quem se pergunte de onde vem a gripe suína! Uma coisa, para mim, é certa: NÃO VEM DOS PORCOS. Porque, estes, de quatro patas, são ...
uns verdadeiros santos...
(Fim de Post)
- Would you please right click on your desktop?
- Write "click"?
- Yes sir, please right click on your desktop.
- Ok, I just wrote "click" on my desktop. Nothing happened. Now what?
- (...Silence...)
- Hum... I just did something stupid, didn't I?
- (...Silence...)
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Agradece-se a revelação deste episódio à sempre atenta leitora nº1.
Eu tenho tantos amigos no Twitter! Mas não sou amigo de quase ninguém. Está claro que não gosto de ser amigo das pessoas...
EU: Então, como foi o teu dia, que fizeste hoje?
ELA: Ufff! Trabalhei tanto que até os meus morangos morreram!
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O Farmville é realmente um fenómeno e os fenómenos são realmente incompreensíveis.
A "Pipoca Mais Doce" é a mulher mais invejada de Portugal, e eu, que não o entendo (nem a votação, nem o conceito), devo ser o gajo mais estúpido.
Mais uma razao porque, apesar de tudo, se deve respeitar Saramago:
A Frase:
"A Bíblia é um manual de maus costumes e um catálogo do pior da Natureza Humana"
E o Aforismo:
"Lê a Bíblia e perde a fé"
Nao é que, com a idade, Saramago está mesmo a ficar genial?
Co'a breca! O Gume tem andado tao doente, que nem dá de si, nem escreve, nem coisa nenhuma! Que diacho! Já era altura de se pôr decente, vestir uma gravada, vir à rua, cumprimentar as pessoas, dizer os bons dias, mostrar que existe, qualquer coisa! Assim, por certo, nunca irá a lado nenhum, a nao ser à fava, que é onde andam os maltrapilhos que só sabem arrastar-se na vida! Ora
esta! Já viram o que me saiu?! E é este blog que eu leio, entre tantos que aí andam! Chiça penico, nao tenho mesmo juízo! Já mo dizia meu pai... estava certo... Pobre homem!
E pobre Gume que nao tem quem o escreva! Se algum leitor quiser fazer o obséquio...
Sao 9 horas e 9 minutos e 9 segundos do dia 9 do mês 9 do ano 9 e eu estou no 9º andar.
Os números,
definitivamente,
incomodam-me.
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.
Diz-me o calendário que hoje aumentei a dose de maturidade.
O síndroma de Peter Pan nao reconhece tal alteraçao...
Na Faixa de Gaza, o Hammas e os Guerreiros de Deus estao em guerra porque os Guerreiros de Deus acusaram o Hammas de ser demasiado liberais.
De acordo com o fundamentalismo, a maior paz possível parece estar no maior grau de fundamentalismo e quando mais fundamentalista mais pacífico. "Filho da puta", "cornudo", "semente do Diabo", sao nomes aceitáveis para estes valorosos homens de fé e de Bem. Mas liberal é coisa que ninguém admite. Nem pode! É imperdoável que os burros sejam tidos por homens.
Dizem-me na hora das derrotas que o Poder é grande e, perante ele, a vitória é utopia da imaturidade.
Preocupados, aconselham-me a, como eles, vergar a espinha, a escolher outras vias de passividade, hipocrisia, subserviência amorfa e homogeneizada, para realmente me integrar no conjunto e poder pertencer à elite que eles são, não de vulgo, é certo, mas de vulgaridade.
Com palavras meigas, velando outras palavras, explicam-me que a resposta e o confronto, a cabeça erguida e as palavras de orgulho, são o fraco do forte da minha personalidade.
Provam-me por a+b que o silêncio é precioso e táctico e que incorformar-me e exigir respeito revelam falta de inteligência emocional.
Asseguram-me, como se fosse um segredo de mestre para discípulo, que ao indiferente nada é indigno, nem sabe como tal e que eu tenho apenas de aprender esse dom.
Acusam-me de ter uma sensibilidade comprometida com as sensações cutâneas e empíricas e não com um raciocínio efectivamente cerebral.
Sussuram-me, gravemente, lentamente, palavra a palavra:
- Miguel, tu não podes ganhar.
Mas é isto que eles não entendem:
Eu não vim para ganhar -
Vim marcar a minha posição.
"Un peu de tendresse, bordel de mèrde!"
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Um espetáculo que vale o tempo,
Uma ordem que vale a pena.
G.: A MFL lidera um partido. Gosto dela porque lidera um partido.
MJF: Eu também lidero um partido. O meu.
G: Eu ainda não arranjei assinaturas para ter o meu partido.
MJF: É esse o problema da maior parte das pessoas: espera a reunião de assinaturas para optar pelo seu próprio partido.
"PJ acredita que pode ter havido negligência no caso dos cegos de "Santa Maria" ".
Não! Negligência?! Que surpresa chocante! O Gume estava convencido que ir ao Hospital pôr gotas nos olhos e cegar de seguida era perfeitamente normal!
A PJ é de facto uma grande polícia...
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PAUSA PARA PUBLICIDADE - O SLOGAN:
PREMISSA JUDICIÁRIA:
NÃO ESTÁ AO ALCANCE DE QUALQUER UM - SÓ DOS MENOS DOTADOS!
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ENTREVISTA:
- E hoje temos connosco o Inspector Cebola, uma das mentes mais brilhantes e compenetradas da crimonologia, em Portugal. Inspector Cebola, a Arte de Deduzir parece realmente ser a base do processo de investigação da PJ e também aquele que lhe traz maiores frutos. Como nasce esse processo?
- Bom, o processo nasce, da sua origem, não é? É uma coisa que tem um princípio, que se gera, não é, e depois surge, está a entender?
- Perfeitamente. Mas é preciso um grande treino, deduzo...
- Intenso. O treino é intenso. Há sessões físicas muito intensas, com muita energia dispensada. Ficamos sempre muito desidratados. Deduzir desidrata, principalmente a mente, está a entender?
- Deveras? E o Inspector deduz muito?
- Aaaaahhh, sim, muito! Eu sou o maior dedutor do meu departamento! Sim, sem dúvida, deduzo muito. E é muito extenuante, está a entender?
- Sem dúvida; e como é a sua rotina de dedução, quer partilhá-la com os nossos leitores?
- Pode ser. Portantos, a minha rotina é de todos os dias, não é? Repete-se. Repete-se um pouco. É diária. Por exemplo, amanhã repito o mesmo que repeti hoje que repeti ontem que foi repetido do dia anterior, está a entender?
- Claro, suponho eu...
- Pronto. Isso acontece porque é de todos os dias e quer dizer que todos os dias eu faço a mesma coisa que é deduzir e isto é uma dedução, está a entender?
- É uma dedução de todos os dias.... Está a entender?
- Compreendo, compreendo... E quer dar-nos mais um exemplo de dedução? Por exemplo, como é que através da dedução conseguem apanhar um bandido, descobrir uma operação criminosa ou, revelar algo tão chocante e recôndito, como neste caso do Santa Maria?
- Portantos, dou-lhe três exemplos práticos, está a entender?
- Bom, não, ainda não... aguardo os exemplos...
- Bom, claro, muito bem. Esteve muito bem, está a ver? Deduziu... Deduziu, está a entender?
- Pois...
- Portantos, o primeiro exemplo, que é mais curriqueiro:
Vou ao supermercado, com a minha mulher, porque ela me obriga. Ela quer que eu pague mas eu deixo a carteira em casa. Levo vinho, cerveja, whisky, vodka, enfim, aquelas coisas que na minha posição fazem falta à sobrevivência e instituição de um homem...
- Aaaahhh...
- Pois. E depois vou pagar, não é?
- Pois...
- Portantos, vou para pagar, mas a minha mulher não tem a carteira; e eu deixei a carteira em casa. Então deduzo que não posso pagar, apresento a minha dedução à angolana da caixa, apresento o meu crachá e explico que posso deportá-la, deduzo que me vou embora com as compras e faço-a logicamente aceitar a minha dedução e vou-me embora com o fruto do meu trabalho honesto, está a entender?
- Muito bem...
- Prontos, isso foi uma dedução prática, de todos os dias. Agora vamos para uma dedução mais policial...
- Ah! Os leitores estão ansiosos por ouvir essa senhor inspector!
- Prontos, muito bem. Portantos, segunda dedução: Há um crimonoso que comete um crime, não é?
- Exacto... Por exemplo, senhor inspector?
- Por exemplo, ilegal.
- Ahhhhhhhh!
- Prontos. E depois de "prepretrar" o crime, o criminoso foge...
- Estou a ver... E a polícia apanha-o?
- Ora aí está! Não! Não, está a entender?
- Bastante bem... E o que fazem?
- Deduzimos!
- O quê, por exemplo?
- Que talvez não consigamos apanhá-lo!
- Estou a ver...
- Porque é o mais natural, está a entender?
- Cristalinamente... E como apanha dedutoriamente os gatunos?
- Bom, nós deduzimos que mais cedo ou mais tarde eles hão-de cometer uma asneira e que vêem parar às nossas mãos, está a entender?
- Ah! E tem resultado?
- Perfeitamente...
- Óptimo! Que grande método!
- Sem dúvida!
- E o terceiro exemplo?
- É este: o do Santa Maria. Nós vimos que no Hospital havia gente que cegava que antes podia ver mas que agora não vê e não vê desde que os médicos não viram bem que estavam a pôr ácidos em vez de água e gotinhas boas nos olhos dos doentes, está a entender?
- Ah! Muito bem! E que foi que deduziram, negligência não é?
- Pois claro!
- E como foi que chegaram a essa dedução de negligência?
- Bom, portantos, como é natural, nós deduzimos que se os médicos não estavam a ver bem é natural que é negligência estarem a pôr gotas nos olhos dos que vêm fazendo com que não vejam, está a entender?
- Extraordinário raciocínio? E agora?
- Agora, que da negligência deduzimos que isto é um caso de vingança em que os médicos se vingam da sua própria cegueira, vamos reunir no nosso departamento de dedução para deduzirmos melhor o que lhes devemos fazer. É muito provável que deduzamos que vamos prender os doentes por terem provocado os médicos e os médicos por se vingarem dos doentes. Porque nenhuma das duas partes teve um comportamento cívico, está a entender?
- Pois... Devo deduzir que seja assim...
- Perfeitamente!
- E pronto, foi o Inspector Cebola da Polícia Judiciária, cuja Premissa é...
- No deduzir é que está o ganho!
- Senhoras e senhores, Inspector Cebola, um Mestre da Dedução...
Teen pregnant after ‘swimming in pool’
"A WOMAN is suing an Egyptian hotel claiming her daughter got pregnant - from using the swimming pool.
Magdalena Kwiatkowska's 13-year-old returned to Poland from their holiday expecting a baby.
Magdalena believes the teenager conceived from stray sperm after taking a dip in the hotel's mixed pool. She is now seeking compensation from the hotel.
A travel industry source said: "The mother is adamant that her daughter didn't meet any boys while she was there.
"She is determined to go ahead with the case."
Tourist authorities in Warsaw, Poland, have confirmed they received the bizarre complaint."
...........
Pois...
MAIS FUTEBOL: "Philippe Coutinho tem 17 anos, joga no Vasco da Gama e já tem contrato firmado com o Inter de Milão. É o novo prodígio brasileiro e alegadamente gosta de humilhar os adversários.
A última vítima foi um central do ABC. Mas desta vez Coutinho esteve perto de ser castigado. O árbitro da partida considerou que os dribles constantes do criativo do Vasco foram uma falta de respeito pelo adversário e ameaçou mostrar-lhe um cartão amarelo."
....................
O árbitro, que já se viu ser anti-Vasco (provavelmente por remeniscências ao explorador português) também é anti-futebol. Para a arte, a atitude é um absurdo; para a ciência, porém, o caso é claro:
É bonito ver agir o idiota.
Ela: Não me mandes essas frases com jogos de palavras porque eu não tive como tu aulas de fonética.
Eu: Isto não se aprende nas aulas de fonética, são só coisas parvas.
Ela: É fonética; e aprendeste!
Eu: É estupidez; e a estupidez não se aprende, é congénita do Homem.
Ela: Ah! Do homem, não da mulher!
Eu: HOMEM. Com H MAIÚSCULO. A HUMANIDADE.
Ela: Estás mal informado.
Eu: Como assim?
Ela: A mulher não faz parte dessa espécie machista.
Eu: Bem me pareceu que vinham do espaço...
"Chove, mas apesar disso é hora de jantar".
(Em directo de Salzburgo).
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(Cabrita só janta quando faz sol, diz Cristo a Alexandra Solnado) - [Este Absurdo que Nos Fala, Livro I]
Celebram-se hoje os 40 anos da declamada, declarada e não inteiramente comprovada ida do homem à lua, literal, não figurativamente.
Em reportagem, a RTP fez de novo o seu melhor: Repescou um dinossauro do jornalismo "da casa" e pô-lo a falar dos directos de há 4 decadas atrás; a cereja no topo do bolo ainda estava para vir: acharam, como é costume nestes casos, uma bordadeira emigrante oriunda da aldeia X cujo nome (não sei porquê) me escapa, que bordou, veja-se o espanto, a bandeirinha que lá está... É bonito. Quando Obama se dirigir aos lavabos em Kuala Lumpur, se for apanhado em reportagem, por certo que a redacção descobrirá um pedreiro emigrante português responsável pela construcção da latrina. E lá farão o directo, filmando com pompa o homem que venceu na vida nesse acto simbólico e que declara:
«O Presidente cagou no que eu construí».
E bate certo...
"Like a Löch it sure looks lot like a lake"
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PRÉMIO GUME: Oferecemos uns bonitos chanatos de praia a quem conseguir, sem erro, repetir a expressão 50 vezes - Desenhados por Fátima Lopes La Praya, não há melhor para o seu Verão.
(Agradece-se a Pedro Inglês o patrocínio do concurso).
«Não tarda nada e "cristianismo" é sinónimo de histeria em torno do cristiano ronaldo».
In http://twitter.com/sofialage
«Se não estivesse a falar para a rádio, dizia: "Estou-me cagando"».
Manuel Vilarinho, Presidente da AG do Benfica, para a RTP, in Sábado,Julho 2009.
(E há)
Luz, luz!, até queimar a vista!
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(Hoje o dia nao quer anoitecer...)
"Se aumenta a Entropia, o Caos desenvolve-se"
Paulo Lobão
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ENTROPIA: Lei segundo a qual tudo tende para a desorganização, sendo por isso qualquer organização temporária.
O pequeno filho da puta
é sempre
um pequeno filho da puta;
mas não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não tenha
a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho da puta.
no entanto, há
filhos-da-puta que nascem
grandes e filhos da puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho da puta.
de resto,
os filhos da puta
não se medem aos
palmos,diz ainda
o pequeno filho da puta.
o pequeno
filho da puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno
filho da puta.
no entanto,
o pequeno filho da puta
tem orgulho
em ser
o pequeno filho da puta.
todos os grandes
filhos da puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno
filho da puta,
diz o pequeno filho da puta.
dentro do
pequeno filho da puta
estão em ideia
todos os grandes filhos da puta,
diz o
pequeno filho da puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho da puta,
diz o pequeno filho da puta.
o pequeno filho da puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz o pequeno filho da puta.
é o pequeno filho da puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho da puta,
diz o
pequeno filho da puta.
de resto,
o pequeno filho da puta vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho da puta:
o pequeno filho da puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho da puta.
II
o grande filho da puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho da puta,
e não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
no entanto,
há filhos da puta
que já nascem grandes
e filhos da puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho da puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos, diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande filho da puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho da puta.
por isso
o grande filho da puta
tem orgulho em ser
o grande filho da puta.
todos
os pequenos filhos da puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
dentro do
grande filho da puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos da puta,
diz o
grande filho da puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos da puta,
diz
o grande filho da puta.
o grande filho da puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho da puta.
é o grande filho da puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa para ser
o pequeno filho da puta,
diz o
grande filho da puta.
de resto,
o grande filho da puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho da puta:
o grande filho da puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho da puta.
(Por Alberto Pimenta)
.
.
.
Fui hoje comprar mais paciência à Feira dos Cansaços. Todos a tinham esgotado. Cheguei tarde ao mercado da vida. É o que dá querer dormir de manhã. Os ociosos chamam-lhe preguiça. Só quem o faz percebe que é trabalho...
Nao confies no homem que não faz inimigos; se puderes, aniquila-o.
.......
(E uma rampa de cérebros, para ajudar os mais deficientes)
Acabei de ler este livro: (...) Depois de o completar, fiz-me completo. Não tem editora, não tem ISBN, não tem preço, não tem código de barras, não está à venda. Dá-se quando eu me dou e retorno a mim. Escrevo-o de dentro para fora e de fora para dentro (porque nada tem apenas um sentido ou vem de uma só coisa) e guardei-o de novo nesse bolso largo que está naquele ponto do meu corpo que não podem cobrir casacos e calças.
(O que criei de mim, foi o que li).
O Gume agora também está no Persona.
Vejam www.persona08.blogspot.com.
E também pilha livros aqui: www.pilha-livros.blogspot.com.
Como prometeu, o Gume quer conquistar a blogoesfera: poeticamente.
Não fazemos prisioneiros, mas aliados.
Não fazemos inimigos, mas cadáveres.
Caramba, que eu hoje estou bélico!
E, ja agora, espreitem aqui esta balada...
Hoje é o Dia Mundial Contra a Homofobia. Ser igual não é igual a ser o mesmo, é respeitar a diferença. Sem respeito não se forma uma pessoa.
Fátima? Sim, conheço. Não sei se era virgem, não me pareceu santa. Milagre? Lavou-me o chão. Mas paguei-lhe. Muito.
(Hoje em dia, ninguém faz nada de borla...)
.............
P.S: A primeira imagem é um erro. Já comuniquei o virus à Sapo. Protestos, para aqui: naoqueromesmosabernadadisso@email.com
Dizem-me da régie que hoje deveria ter falado do dia do trabalhador. Há manifestações violentas na Alemanha e em Moscovo. O TDT começou em Portugal; foi há dois dias. Há uma espécie de aranha em Israel, cujo macho introduz o sémen numa fêmea ao perfurar-lhe o abdómen; consigo agora entender que uma viúva negra elimine o macho depois da cópula - mesmo que esse macho não faça nada do género. O mundo é redondo mas é quadrado o cérebro de quem o pensa. A vida é preciosa, mas o Homem não presta. O dia tem 24 horas, mas em 12 é de noite. Amanhã estou de férias. São nove e quinze. Trabalho. O 1º de Maio não me diz mesmo nada; mas sentiria a sua falta se ele não existisse...
Recebi por telefone uma ameaça. Desligaram ao fim de 10 segundos. Afinal havia engano na pessoa. Desculparam-se depois pelo incómodo; e eu, agradeci a gentileza. Eu agradeci???!!!
..........
P.S: O telefonema de que falo consistia, pasme-se com o perigo a que me expus, num pedido singular de casamento...
....
A imagem foi roubada aqui.
Exma. Sra, Maria Romana (info@ci.mail.pt),
Escrevo-lhe apenas, movido pela curiosidade, para procurar entender por que motivo se acha qualificada para exigir o que exige dos seus candidatos no anúncio do portal Net Empregos, com a ref # 605426, quando nele podemos achar frases com esta qualidade gramatical:
"Com Experiência (que deverá de demonstrar!) de já ter realizado experiência análoga ou similar -
ou esta:
Exibir ou demonstrar aonde e em que circunstâncias declamou e ou recitou.
Aproveito para lhe explicar, poque talvez lhe sirva para o futuro, que:
1- com experiência subentende o já ter pelo que pode e deve directamente dizer "com experiência de dizer asneiras" (mesmo assim soa de forma estranha) ou "com experiência em produzir asneiras" ou "com experiência na redacção de asneiras" ou até, se lhe for mais simples, "com experiência em asneiras"
2- de demonstrar, neste contexto, é um erro crasso - o de não está lá a fazer nada, a não ser a mostrar a toda a gente que não sabe falar ou escrever português.
3 - Análoga ou similar, são, senso lato, sinónimos - creio que consideraria (se conseguisse compreendê-lo) igualmente imbecil escrever que a camisola que pretende que lhe seja alugada, vendida, transaccionada, etc., deverá ser "encarnada ou carmim"; ou ainda "de malha ou feita de lã"; ou até "oriunda de ovelha ou de quadrúpede roedor ovino" .
4 - "Exibir recitação" soa igualmente a qualquer coisa de estranho; associado a "demonstrar", ainda para mais uma recitação de poesia, é engraçado, mas continua a não resultar muito bem.
5- "Aonde", para quem emprega pessoas, é um coloquialismo provinciano que desacredita por inteiro o empregador.
6- "Com experiência de ter realizado experiência" é capaz de ser um pouco redundante. Sugiro-lhe um bom dicionário para adequada compreensão do significado do termo.
Dado isto, pedia-lhe igualmente a gentileza de me explicar:
1- A diferença essencial que reconhece entre "declamar" e "recitar"
2- De onde, psicanaliticamente falando, lhe surgiu a necessidade de se exprimir com constante recurso a sinónimos ou, se preferir, diferentes termos do mesmo campo semântico?
Relembro a questão:
3- Que capacidade tem para avaliar quem efectivamente lhe surge com qualificações para declamar poemas?
E acrescento para concluir:
1- Por que razão capacidade declamatoria pede fotografias e graciosidades exteriores?
2- Porque não há informação válida sobre o suposto empregador?
3- Que currículo pode apresentar aos seus candidatos como mostra da sua qualidade, competência e idoneidade?
4- Quanto paga? Porque não vêm as tabelas de remuneração por que deverá reger-se mencionadas?
5- De que tipo de eventos fala afinal? Que tipo de poesia? - Shakespeare? Camões? Sá de Miranda? Ou considera poesia a letra de uma música de José Alberto Reis ou Tony Carreira?
6- Pode por favor enviar-me um email com um video seu, filmada de corpo inteiro, com bom grande plano (entenda-se, facial), onde recite, de forma adequada, a «Ode Marítima» de Campos, um trecho do Menina e Moça do Bernardino Ribeiro, um pouco do «Maranus» de Pascoaes e a «Pedra Filosofal» do Gedeão?
Gostaria de guardar para mim uma referência de como tal exercício deve realmente ser feito, principalmente face a um reportório mais eclético - como por certo deverá concordar, temos sempre de aprender com os melhores.
Grato pela diversão que me proporcionou,
Cumprimentos,
--
Miguel João Ferreira
A Suiça, conhecida pela sua neutralidade, acolhe um pouco de tudo. Amanhã, dia da liberdade em Portugal, celebra-se nesse país um evento que retira da sombra de Kubrik as teorias da conspiração. O visionário realizador norte-americano, como se prova, não tinha delírios, mas olho; e não só para as câmaras. Eyes Wide Shut, o seu último filme, acha-se pois re-retratado através do excêntrico site helvético Castle Events que promove uma formidável (e só para membros) noite de orgia, pela modesta quantia de 450 € e incorporação de serviçoes de champagne a 80 euros o copo e limusine Hotel-Chateaux a 100€ a viagem:
Para não dizerem que o Gume vos engana, eis a comprovação da Sapo: ora clicai e suspirai como puderedes...
a) "Como nao tenho borbulhas, toda a gente acha que eu não sofro" -
Mísia, Prova Oral de 16-04-09.
b) "O meio também é mensagem" - Ex-namorado muito culto de Mísia (de acordo com a própria, no mesmo sítio).
Moral das Histórias?
a) Não te congratules com a ausência de borbulhas; e por precaução compra Clerasil - homem prevenido, etc.
b) Toma cautela com o meio em que te encontras.
c) É evidente que não achei nada de melhor para encher este post.
Cheguei atrasado a este post...
..........
(Chego sempre tarde)
Estou atrasado!
........
(E a vida não espera por mim)
Estou atrasado!
...........
(Por certo alguém mexeu no meu relógio)
Chumbei no exame de consciência.
O mapa do Universo parece dizer que a aprovaçao total é impossível.
Felizmente, eu nao acredito que o Universo tem um mapa. Nao um que afecte as nossas vidas, pelo menos...
.........
(A imagem é um Pollock estelar...)
Hoje perdi algo de que realmente precisava porque, sabendo de antemão a consequência, optei por defender um princípio.
Vamos dizer que falamos de um postal de Paris. Eu precisava mesmo desse postal parisiense e de tudo aquilo que representava. Tinha apenas, para tal, de assinar um documento de uma forma que para mim era errada. Uma trivialidade. Ou seja, perante um contexto de completa conveniência minha, bastava que fechasse os olhos a um erro mínimo, a um detalhe, a um pormenor, e tudo correria de feição. Não fechei os olhos. Neguei a cobardia de quem cala e consente: perdi, conhecendo o fim no princípio. Tirei sido infantil? Casmurro? Pouco inteligente? Socialmente falando, materialmente falando, podes dizer que sim. Dignamente falando, estou feliz por ter perdido o que queria. Estou feliz por, principlamente quando tenho a perder, ter ainda, com 30 anos, e depois de tudo na vida, a força de vontade de voluntariamente perder em favor de uma simples ideia.
...........
(Imagem: Metamorfose - Paula Rego)
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Gustave Courbet foi censurado em pleno século XXI. O Realismo é agora um crime de atentado ao pudor. A metáfora de L'Origine du Monde é um insulto (parece) à mentalidade tacanha dos ratos de província. Sei que a História se constrói por ciclos; mas pensava que o 25 de Abril estava ainda demasiado próximo para voltarmos a isto. Pensei mal.
...........
O Gume aguarda que as bestas quotidianas censurem este post e o denunciem como atentado à moral que não têm; e a eles deseja de antemão um "regresso às origens"... pela porta dos fundos...
Tirei do lado escuro este moonóculo
e fui buscar a minha face clara.
Andava mascarada de folias!
Mas, para parecer clara precisava
de se fingir um sol todos os dias.
Vivia um Carnaval de 100 mil caras
e 100 mil situações que não queria.
A minha face clara não entende,
que a luz que importa não nos dá no rosto,
mas vem-nos das entranhas.
A minha face clara é muito estranha...
Meus amigos, hoje, isto: DÓI-ME!!!
E eu trabalho mesmo diante da cratera verde!! A olhar para ela!! Como a vida consegue ser ingrata!!
Resumi a existência nesta simples cadeira. Consegui montá-la quando tudo o negava e resisti a parti-la em pedaços.
Herman é o principio da preserverança e o IKEA um instrumento do Nirvana.
Nunca, senão montando IKEA, me senti tão oriental. Até já comprei este...
O sexo dos anjos é o sex appeal, pelo erotismo da sugestão e a capacidade de fazer do seu género, simples trivialidade, um insondável mistério.
.......
À Pipoca Mais Doce com o seu doce quizz.
.........
P.S: O que um pedinte não faz por umas calças!!!
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O Manifesto do Segundo Gume
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Os Gumes dos Outros
A Arte da Fuga (António Costa Amaral e Adolfo Mesquita Nunes)
Abrupto (José Pacheco Pereira)
A Causa Foi Modificada (Maradona)
Albergue dos Danados (Anónimo)
A Montanha Mágica (Luís Miguel Dias)
A Natureza do Mal (André Bonirre)
And Now For Somsen Completly Different (Miguel Somsen)
Antecâmara (João André Farinha)
A Origem das Espécies (Francisco José Viegas)
Apostos (Alexandre Soares Silva)
As Aranhas (Luís Miguel Oliveira)
A Terceira Noite (Rui Bebiano)
Avatares de um Desejo (Bruno Sena Martins)
Bibliotecário de Babel (José Mário Silva)
Blogo Existo (Joao Pinto e Castro)
Beluga Fresca (Augustus Schadenfreude)
Blue Lounge (Rodrigo Adão Fonseca)
Bomba Inteligente (Carla Hilário de Almeida Quevedo, a.k.a. Charlotte)
Complexidade E Contradicção (Anónimo)
Contra A Corrente - O McGuffin (Carlos do Carmo Carapinha)
Da Literatura (Eduardo Pitta e Joao Paulo Sousa)
Deserto de Almas - Onde Há Devastação Há Oportunidade (Pri)
E Deus Criou A Mulher (Miguel Marujo)
Há Vida em Markl (Pelo Próprio Markliano)
Hoje Há Conquilhas, Amanha Nao Sabemos (Tomás Vasques)
Homem A Dias (Alberto Gonçalves)
Janela Indiscreta (Pedro Rolo Duarte)
La Marge Brute (Clément Oubrerie)
Life And Opinions Of Offely, Gentleman (Gustavo Offely)
Listening 2 Dragons (Silmarien)
Melancómico (Nuno Costa Santos)
Mel Com Cicuta (Laura Abreu Cravo)
O Avesso do Avesso (Filipe Moura)
O Blog das 3 Alminhas (Pelas 3 Ditas...)
O Blog do Desassossego (Leididi)
O Bom, O Mau e O Vilao (Vários)
Life is a Masterpiece (Miss K.)
O Melhor Blog do Universo (Juvenal)
Sete Vidas Como Os Gatos (Rui Vasco Neto)
O Senhor Comentador (Carlos Quevedo)
Pastoral Portuguesa (Rogério Casanova)
Pedro Rolo Duarte (Pelo Próprio)
Portugal dos Pequeninos (Joao Gonçalves)
O Cachimbo de Magritte (Vários)
Read Me Very Carefully, I Shall Wirte This Only Once (Plim)
Rui Zink Versus Livro (Rui Zink Versus Si Próprio)
O Regabofe (Miss Woody & Miss Allen)
Sem Pénis Nem Inveja (Teresa C.)
Traduçao Simultânea (Nuno Majorscobie)
Tenho Uma Amiga Que... (De Amiga Por Ser Anónima ou Anónima Por Ser Amiga ou Uma Coisa Assim...)
Terapia Metatísica (Filigrana)
Voz do Deserto (Tiago de Oliveira Cavaco)
Um Ovo A Cavalo (Site de Design e Publicidade de Álvaro Carrilho et Allii)
The Heart Is a Lonely Hunter (Pedro)
Vontade Indómita (Anónimo Indómito)
We Have Kaos In The Garden (Kaos)
Welcome to Elsinore (Carla Carvalho a.k.a. Carla de Elsinore)